Wednesday, April 21, 2004

ABISMO

São corpos que definham lenta e silenciosamente,
sem formas, tão fracos, parece que se vão quebrar ao mínimo toque.
Espelhos deformados, imagens distorcidas.
Mentes brilhantes e inteligentes procuram a perfeição.
Todos marcham no mesmo sentido, fogem de alimentos,
caminham para um abismo que julgam ser a salvação.
Um dia caem, pálidos e sem energia.
Escorrem lágrimas desesperadamente.
Um corpo frio luta pela vida, ao mesmo tempo que foge dela...

Saturday, April 03, 2004

Rasgar as ondas, ao sabor da maré
Andar sem rumo numa praia deserta, o horizonte é teu
Uma gaivota quebra o silêncio ritmado do mar e da brisa
Largas tudo e corres, desejando ter asas para voar ao sabor do vento, como a gaivota que persegues com o olhar.
São poucas as pessoas que me fazem escrever. Ter vontade de guardar num papel aquilo que sinto. Tu fazes-me ter essa vontade. És interessante, especial...quero descrever tudo aquilo que és, desenhar-te por palavras...mas nem mil palavras, nem mil imagens são suficientes para fazer um simples esboço. Fico sem saber como exteriorizar tua imagem. Sinto necessidade de te dedicar atenção letra a letra. É normal procurar-te em cada momento do dia? Encontrar-te em cada pôr do sol, reflectido no brilho da lua? Lembrar-te em tantos sons, tantos refrões?
“You’re an exception to the rule,
You’re a bonafide rarity
You’re all I ever wanted
Could you want me?
So come outside and walk with me
Wee’ll try each other on, see if we fit
And with our roots become a tree
To shade what we make under it”